(Imagem: Divulgação)

Transpondo as barreiras do mundo físico, FGMF Arquitetos inaugura no Metaverso

Intitulado Genesis e desenvolvido em parceria com a brasileira Mint Studios, o complexo dispõe de 10 mil unidades variadas entre usos residenciais, comerciais, de lazer e serviços, além de cenários inéditos em um processo criativo sem fronteiras para a imaginação

O escritório de arquitetura FGMF acaba de assinar seu primeiro empreendimento imobiliário desenvolvido inteiramente no Metaverso – consolidação que também se faz como uma das pioneiras do setor. Nomeado Genesis, o projeto desenvolvido em parceria com a brasileira Mint Studios compõe o metaverso Myland, e terá três torres que incorporam mais de 10 mil unidades variadas entre setores residenciais, comerciais, de lazer e serviços, todas em conexão com um amplo ambiente de marketplace.

Cria-se um espaço único, voltado para o usuário e os negócios, que oferece uma experiência completa para a nova vertente do mundo digital. As torres, com média de 80 andares, ultrapassam 400 metros no cenário programado com alta tecnologia, que permite ao usuário vivenciar um ambiente inovador, ao mesmo tempo refletindo premissas importantes da arquitetura FGMF – a saber: espaços fluidos, transição gentil entre interior e exterior, e paisagismo integrado.

A criação de um metaverso voltado para pessoas, marcas e negócios surgiu a partir da observação do fundador Leonardo Bartz e sua sócia, Julia Svaiter, que consideravam os metaversos preexistentes de difícil acesso para usuários e desprovidos de realismo necessário para se tornarem atraentes.

 

Pensamos em desenvolver um projeto que fosse diferente, belo, real, com benefícios para os holders (compradores) e que também chamasse a atenção pelas possibilidades de negócios”, afirmam os sócios.

 

Além das três torres e seus interiores, o escritório é responsável pelo entorno, com lagos, áreas verdes e até estruturas rochosas que delimitam o espaço deste metaverso (Imagem: Divulgação)

 

Para Lourenço Gimenes, sócio diretor do escritório e responsável direto pelo projeto, criar o Genesis foi uma experiência até então inédita para o trio de arquitetos. “Foi um projeto divertido, mas, ao mesmo tempo, um grande desafio entender as liberdades e limites de projetar no ambiente digital. Procuramos fazer algo que tivesse relação com o mundo real e, ao mesmo tempo, que fosse coerente com a interatividade dos avatares com o seu espaço virtual”, afirma.

 

 

Cada usuário terá duas possibilidades: a de ver o cenário em primeira pessoa, e a de navegar observando o seu avatar em terceira pessoa. Ainda, dentro do Genesis serão criados distritos (comparados a bairros no mundo real), ligados a temáticas, como moda, música, mercado imobiliário, design, educação, etc. (Imagens: Divulgação)

 

Nas áreas comerciais, o Gênesis explora o phygital, campo “híbrido” que traz uma experiência virtual com a possibilidade de ser passada para o ambiente físico. No futuro, os locais comerciais alocarão negócios e marcas, que poderão, além de comercializar outros NFTs, vender produtos e serviços dentro e fora do metaverso. Será possível, por exemplo, comprar uma roupa (NFT) para seu avatar e receber a mesma roupa na sua casa ou desconto na loja física, alugar e comprar unidades comerciais para ter interações com pessoas que não poderiam acessar o escritório físico. Por conta da alta tecnologia que envolve o projeto, texturas, cores, tamanhos e dimensões serão tão perceptíveis como objetos reais, gerando uma nova janela de oportunidade para o mercado.

 

 

Para os fundadores, o setor imobiliário pode ser considerado um dos mais promissores no metaverso, já que são muitas as possibilidades de negócios dentro do novo ambiente (Imagens: Divulgação)

 

Diante das novidades e possibilidades introduzidas pelo metaverso, é comum observar certo estranhamento entre usuários e marcas, comportamento padrão diante de novas tecnologias até sua assimilação diante da dinâmica de uso. O conceito, no entanto, tem como premissa aprimorar as experiências virtuais que foram acentuadas ao longo da pandemia e criar um desenvolvimento contínuo para as ferramentas digitais disponíveis, substituindo a interface atual por experiências imersivas em 3D, profundamente integradas ao dia a dia dos usuários. Para Gimenes, o caminho é aprimorar as tecnologias disponíveis às necessidades do usuário, sendo esse o grande papel a ser desempenhado pelo olhar do arquiteto neste novo momento tecnológico:

 

“Na relação espacial, ainda que virtual, a gente ainda vai ter as mesmas necessidades de desenvolver espaços de qualidade e funcionalidade que se adequem às demandas comportamentais. Esses espaços já estão acontecendo, e, como arquitetos temos que nos posicionar para que les sejam feitos considerando a escala humana e em diálogo com o mundo real. É importante entendermos que o real não será substituído, mas complementado. De maneira simplista, o metaverso é uma nova forma de realizar as atividades digitais existentes: compras, reuniões e redes sociais terão simplesmente um outro formato, muito mais eficiente e imersivo”.

 

 

Além de comercializar as unidades, queremos atrair comércio e prestadores de serviço com o objetivo de levar as pessoas a terem uma presença no mundo virtual, de acordo com a popularização da Web3″.

 

Ao adquirir uma unidade dentro do Gênesis, é possível mobiliá-lo, decorá-lo, alugá-lo, revendê-lo, organizar festas no espaço, eventos de trabalho, contratar serviços, entre outras infinitas possibilidades (Imagem: Divulgação)

 

O FGMF faz parte de um seleto hall mundial de grandes nomes do cenário arquitetônico que estão participando ativamente da construção deste novo olhar sobre arquitetura. No processo de criação, desenvolver projetos com parâmetros tão diferentes apura a imaginação e cria soluções e experiências únicas. O escritório direcionou seu olhar para a exploração de um ambiente integrado à abundância de elementos naturais, proporcionando uma sensação de bem-estar nesta nova jornada tecnológica e chamando atenção para a relevância dos recursos naturais no mundo real.

 

Com entusiasmo sobre o futuro, Lourenço reforça que “o metaverso é oficialmente um campo de trabalho para a FGMF” (Imagem: Divulgação)

 

Sobre FGMF

Há mais de 20 anos, o FGMF, trio formado por Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz decidiram, ainda no final da faculdade, criar um escritório de projetos autorais com uma estrutura de escritório profissional. Desde o início, o objetivo foi realizar arquitetura contemporânea, investigativa e inovadora, com atuação em todas as escalas e programas, do detalhe do mobiliário ao edifício multiuso e ao plano urbanístico. Essa pluralidade e flexibilidade ajudam a definir o DNA do escritório, que atualmente já soma mais de 500 projetos em seu portfólio. O FGMF foi o primeiro escritório brasileiro a integrar o Architects Directory do anuário da britânica Wallpaper, que os destacou como um dos escritórios mais promissores do mundo. Nos últimos 20 anos, o trio conquistou mais de 160 importantes premiações nacionais e internacionais; em 2022 destacou-se pela premiação Architizer como Escritório do Ano para Américas do Sul e Central, pelo conjunto de sua obra. Além disso, já tiveram seus projetos publicados em mais de 35 países.