Olhando as arquiteturas do cerrado
Uberlândia e as perspectivas da arquitetura vistas do interior
“Cidade-jardim”, “metrópole interior”, “meca econômica, uma outra Nova York em pleno sertão do Brasil”. Assim se imaginava a elite dos cidadãos de uma cidade que na primeira metade do século 20 conhecia sinais de progresso que sugeriam slogans grandiloquentes: “Uberlândia foi fundada sob o signo de Cartago”. Grandiloquência que fazia parte de uma estratégia mais ampla. Getúlio Vargas, durante o Estado Novo, na carona da reputação uberlandense de “Capital do Brasil Central”, associava-a ao lema “marcha para o oeste”, em seu vislumbre de interiorização do país. Efetivamente, do ponto de vista econômico, Uberlândia liderava a economia do Brasil Central, na metade do presente século, como grande centro atacadista, em correspondência ao lema neobandeirante vitorioso. Discurso geopolítico, contemplando não só um futuro para o interior como a própria interiorização da capital do Brasil.
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